InFORMATIVO
é um dos meios utilizados para socializar algumas condições
de produção do discurso científico que constitui a
linha de pesquisa FTI. Ao final de mais um ano, completando seu
5º ano de atividades, é oportuno apresentar os principais resultados
desse processo, listados a seguir, que envolve jovens pesquisadores
(bolsistas graduandos, mestrandos e doutorandos), além de associados:
- coorden.
do dep. CS/PUCRS e profª de Soc.Educação, funções
exercidas por um curto período, mas densas em aprendizagem;
- defesas
de dissertação (05) e monografia (02);
- novos
associados à linha (03);
- estágio
no exterior (01);
- participações
em eventos nacionais (04) e internacionais (04);
- organização
da coletânea intitulada Fenômeno: uma teia complexa de relações,
com artigos produzidos pelos estudantes do PPGr em SSocial, elaborados
na disciplina T. Sociais - do racionalismo ao caos, durante o 2º S/1998;
- Disciplina
Novas tecnol.e pesquisa, oferecida a estudantes do PPGr em SSocial. A proposta
teve como meta articular os códigos da era digital à pesquisa
desenvolvida pelos mestrandos e doutorandos;
- Projeto
Plano Sul PGr, enviado ao CNPq, para concorrer na última etapa
do julgamento. Trata-se de um projeto integrado envolvendo mais de dez
IES, da R.Sul, e um total de cinqüenta pesquisadores.
- participação
do curso de formação em EAD (Ensino a distância), de08/11
a 13/12/1999, ministrado no campus da PUCRS.
Ana Lúcia Maciel
equipe
que participa semanalmente do AGENDE-SE, procura desencadear dois processos
fundamentais que permeiam a construção do habitus científico.
De um lado, procura-se a apropriação teórica
de inúmeras temáticas associadas à linha e, de outro
lado, instaura-se um movimento de auto-organização permanente
por parte dos seus integrantes, em torno das práticas desenvolvidas
nesse espaço. Esses processos sinalizam a concretização
da formação para a competência, possibilitando uma
maior apropriação do que constitui o objeto das pesquisas.
As vivências experimentadas incluem:- apropriação do
conhecimento por cada membro da linha;- a relação individual
e grupal; - co-responsabilização pelos empreendimento e circulação
de diferentes saberes no grupo e, também, pelas tensões/prazeres
inerentes ao trabalho que desenvolvido.
O impacto gerado por tais vivências, instiga o crescimento desncadeado
pela capacidade auto-organizativa dos integrantes que participam da linha,
sem desconsiderar que esse tipo de desafio estende-se no tempo.
rofissional
da área das C.H. e Sociais, sinto-me instigada a compreender um
fenômeno que é central no campo educativo: formação
e produção de saberes gerados pela comunicação
virtual.
A cultura digital nasceu no final dos anos setenta criando raízes
e garantindo, para o ano 2.000, um mundo de relações virtuais
baseado na informatização. No ciberespaço, não
existem fronteiras e a conexão faz-se através de um provedor
que fornece informações, notícias, chats ou
sites interativos. Ao ingressarmos no novo século, é preciso
termos claro que o conhecimento constitui o patrimônio estratégico
fundamental para a afirmação da sociedade.
O desafio vivido pelo mundo da formação está em romper
com o paradigma da especialização. O novo paradigma - o da
complexidade - considera o ensino“como uma modalidade não-convencional
de educação, capaz de atender com grande perspectiva
de eficiência, eficácia e qualidade aos anseios de universalização
e, também, como meio apropriado à permanente atualização
dos nossos conhecimentos..” (Nunes,1999).
existência
do ser humano é marcada pela constante superação de
desafios e dilemas. Inicia-se com Adão e Eva que, expulsos do paraíso,
foram obrigados a encontrarem alternativas para suprirem suas necessidades.
Nesse
final de século, os dilemas e desafios advém da implementação
de novas tecnologias, impondo a esse mesmo homem a tomada de iniciativas
capazes de aprofundar seu processo de hominização,
ao conquistar a atualização de suas potencialidades.
Na sociedade
oral, o aparato tecnológico intelectual centra-se na palavra,
o seu artefato principal. Nessa forma de viver, a
maior parte de nossas habilidades transmite-se oralmente
ou por imitação. Na sociedade dominada pela escrita,
o alfabeto e a impressão exercem grande influência na nossa
forma de viver, pensar e construir conhecimentos.
Hoje,
vivemos numa sociedade que se fundamenta, cada vez mais, no digital, sendo
o conhecimento construído de uso imediato, modificável e
multiplicável. O computador permite o acesso,
em tempo real, a diferentes pontos do globo. Conforme Pierre Lévy
é “o fino enredamento dos humanos de todos horizontes em um único
e imenso tecido aberto e interativo”. Destaca também, que a
tecnologia é invenção do homem e o seu uso é
também uma opção humana, pois “a qualidade do processo
de apropriação (ou seja , no fundo, a qualidade das relações
humanas), em geral, é mais importante do que as particularidades
sistêmicas das ferramentas”. Uma técnica não
tem o poder de ser boa, má ou neutra. Este significado é
determinado pelo uso da técnica em si. Segundo o mesmo autor, a
discussão sobre a utilização da técnica se
impõe, considerando que “nem a salvação nem a perdição
residem na técnica”. ... “As técnicas projetam no mundo material
nossas emoções e projetos. Os instrumentos que
construímos nos dão poderes mas, coletivamente responsáveis
, a escolha está em nossas mãos”.
Entende,
ainda, que “nada é mais precioso que o humano. Ele é a fonte
das outras riquezas, critério e portador vivo de todo valor.” Em
outros termos, as novas tecnologias só terão
sentido se utilizadas em benefício do homem. Esse é o grande
desafio e, ao mesmo tempo, o maior dilema que o homem tem para enfrentar
no século XXI.
Francisco A. Kern
este
semestre, o PPGr em Serviço Social vem desenvolvendo uma disciplina
piloto denominada Novas Tecnologias e Pesquisa, sob a coordenação
da Profª Julieta Beatriz Ramos Desaulniers. Para os integrantes da
disciplina , a mesma tem se mostrado como um desafio frente às
perspectivas de formação para o novo milênio.
Rompendo
paradigmas e metodologias de ensino , tal disciplina visa a apropriação
da velocidade que caracteriza a era digital, e para tal,a estratégia
é a de buscar a tecnologia, através de uma “overdose” de
informações, procurando experimentar o movimento
em tempo real.
Nesse
sentido, as metas estão voltadas para a ultrapassagem da era oral
e da era da escrita, para a era digital, utilizando-se de ferramentas
que incorporam e materializam a epistemologia do tempo virtual,e assim
ampliando as representações e práticas relacionadas
com ciência ,pesquisa e cidadania. Desse modo, procura-se
romper com a visão especialista e linear de percepção
e construção do real.
Mônica Bragaglia
iberespaço,
virtualidade, inteligência coletiva, complexidade e competências
são termos que expressam elementos da realidade atual. Uma realidade
em que co-existem práticas sociais já institucionali-zadas
e práticas sociais emergentes.
As mudanças agregadas ao Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), expressas pela Doutrina de Proteção Integral, apontam
tanto para uma concepção inovadora, no que se refere às
políticas públicas voltadas à criança e ao
adolescente, como também para a criação de estruturas
que permitam a concretização dessa doutrina.
Tomando-se como exemplo o Conselho Tutelar, órgão
criado com o fim de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança
e do adolescente, pode-se tensionar de forma bastante rica essa realidade.
A partir de tal problemática, a pesquisa rea- lizada no ano de 1998,
sugere algumas questões: a necessidade de instaurar práticas
formativas que habilitem os Conselheiros a lidarem com situações
inusitadas. Isso demanda, dentre outras habilidades: uma porturra ágil,
flexível e criativa; a capacidade de utilização dos
recursos tecnológicos disponíveis; a incorporação
de práticas de gestão baseadas em ações
estratégicas, sintonizadas com os novos movimentos da atualidade;
e, ainda, a utilização das redes e dos mecanismos
da era digital, que possibilitam a interação entre o conjunto
das esferas envolvidas no fenômeno em questão.
Ana Paula B. V. Madruga
* APRENDIZ
* CNPq
* FAPERGS
* Visitem
nosso site!
http://www.geocities.com/athens/olympus/7501
DEFESAS DE DISSERTAÇÃO - PPGr EM SERVIÇO SOCIAL, PUCRS (2ºS/1999)
·Título:
As práticas sociais e a formação da cidadania
Orientando:
Telmo Adams
Orientadora:
Julieta B.R. Desaulniers
Data:
setembro/99
·Título:
Freira , mulher, cidadã: que formação para o
século XXI ?
Orientanda:
Teresinha Venturin
Orientadora:
Julieta B. R. Desaulniers
Data:
novembro/99
·Título:
A formação da criança jornaleira na cidade de Porto
Alegre - 1998/1999
Orientando:
Honor de Almeida Neto
Orientadora:
Julieta B. R. Desaulniers
Data:
novembro/99
PALESTRA PROFERIDA
·Familia:
a complexidade das novas relações.
1ª
Jornada do Serviço Social do Hospital de Clínicas de Porto
Alegre
Palestrante:
Maria Ysabel B. Bellini
Data:
20/10/99
APRESENTAÇÕES DE TRABALHOS
·II
Forum Sul de Coordenadores de Pós-graduação em Educação
Universidade
Federal do Paraná
“Pra
que rimar amor e dor?”
"Curso
de Especialização em Violência Doméstica"
Maria
Ysabel Barros Bellini
Data:
03/08/99
·IX
Congresso Brasileiro de Sociologia-UFRGS-PA/RS
-
Formação profissional: a proposta da Escola Técnica
Parobé
Ana Paula
Brasil Vaz Madruga
Data:01/09/99
-Trabalho
voluntário organizado e filantropia empresarial
Leandro
R.Pinheiro
Data:
02/09/99
-Formação,
cidadania, ident.coletivas
Teresinha
Venturin
Data:
02/09
-
Gestão de competências em organizações
Julieta
Beatriz Ramos Desaulniers
Data:02/09/99
* XI
Jornada de Historia de La Educación "...para pensar el futuro”
Local:Universidade
Nacional de Quilmes
Buenos
Aires/Argentina
-Título
do Painel: Novas tecnologias, laços sociais e formação
do cidadão
Julieta
Beatriz Ramos Desaulniers
Leandro
R.Pinheiro
Miriam
K.Guindani
Monica
Bragaglia
Teresinha
Venturin
Data:08/09/99
* Vº
Encontro da ASPHE
-
Mesa redonda: H. das instituições escolares e virtualidade
Julieta
Beatriz Ramos Desaulniers
Data:
18/11/1999
·XI
SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA URFGS
-Impresso:
do folheto ao computador
Ana Paula
Brasil Vaz Madruga
Data:25/10/99
-Terceiro
setor e trabalho voluntário organizado
Leandro
R. Pinheiro
Data:27/10/99
Obras Recebidas
* ASCOLANI, Adrián (compilador). La Educación en Argentina - estudios de historia. Rosario: Ediciones del Arca, 1999.
* BRANDÃO, Zaira. A intelligentsia educacional um percurso com Paschoal Lemme - por entre as memórias e as histórias da escola nova no Brasil. Bragança Paulista: IFAN-CDAPH, Editora da Universidade de São Francisco/EDUSF, 1999.
* BUFFA. Ester. A escola de São Carlos. São Carlos: EdUFSCar, 1998.
* FILHO, Luciano Mendes de Faria (org.). Pesquisa em história da educação: perspectivas de análise, objetos e fontes. Belo Horizonte: HG Edições, 1999.
* História da Educação - ASPHE. Pelotas: Editora da UFPEL nº 5, abril de 1999.
* HERRERA, Martha Cecilia. Modernización y escuela nueva em Colombia. Santafé de Bogotá: Plaza & Janes Editores Colombia, 1999.
* OLIVEIRA, Cecília H. de S. A astúcia liberal. Bragança paulista: EDUSPe ÍCONE, 1999.
* PIRES, Cecília Pinto (Org). Ética e cidadania - olhares da filosofia latino-americana. Porto Alegre: Dacasa/Palma rinca, 1999.
* Revista da ADPUC - Associação dos Docentes e Pesquisadores da PUCRS. Porto Alegre: EDIPUCRS, nº 1, outubro de 1999.
* SILVA Jr., João dos Reis; SGUISSARDI, Valdemar. Novas faces da educação superior no Brasil - reformas do Estado e mudanças na produção. Bragança Paulista: EDUSF, 1999.
* Organização:
Ana Paula B. V. Madruga
Maria Ysabel Barros Bellini
* Diagramação: Ana Paula B. V. Madruga
* Revisão: Julieta B. R. Desaulniers
*Impressão: Linha de Pesquisa "Formação, Trabalho, Instituição"
Contribuições
e/ou sugestões: madrvazb@pucrs.br