Contudo, em 1932 a "Organização de Deus" adotou um ponto de vista inteiramente diferente sobre Rute:
   
"O livro não é somente histórico, mas profético, o cumprimento de cuja profecia acontece nestes dias presentes.... Precisamos concluir que o livro de Rute tornou-se parte da Palavra de Deus ou mensagem como uma profecia para o benefício especial dos restantes nos últimos dias.... O livro é uma profecia." (J. F. Rutherford, Preservation,  págs. 169, 175-176, citado Ibidem, pág. 156.)
   
Estaria Deus confuso quanto à natureza do livro de Rute? Não, nem é ele o autor destas declarações contraditórias.

Sobre a ressurreição de Sodoma e Gomorra, em 1886, Russell disse:
   
"Assim nosso Senhor ensina que os sodomitas não tiveram uma oportunidade plena; e ele lhes garante tal oportunidade...." (C. T. Russell, Studies in the Scriptures, I. Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1886, pág. 110.)

Em 1954, a posição tinha mudado e ensinavam que Deus não restauraria estas cidades:
   
"Ele estava indicando precisamente a extrema impossibilidade de resgate para os incrédulos ou aqueles decididamente perversos, porque Sodoma e Gomorra foram irrevogavelmente condenadas e destruídas, além de qualquer recuperação possível." (The Watchtower, 1 de janeiro de 1954, pág. 85, citada por Gruss, Jehovah's Witnesses - A Non-Prophet Organization, pág. 157.)
   
Uma contradição como esta é visivelmente bastante má, contudo, em 1965, a "Organização de Deus" mudou de opinião, novamente!
   
"Como no caso de Tiro e Sidom, Jesus mostrou que Sodoma, má como era, não tinha chegado ao estado de ser incapaz de arrepender.... Assim, a recuperação espiritual do povo morto de Sodoma não é sem esperança." (The Watchtower, 1 de março de 1965, pág. 139, citada Ibidem, pág. 157.)
   
Sobre o estabelecimento físico de Israel na Palestina, em nosso tempo, as Testemunhas de Jeová costumavam ter que aceitar isto sem questionar:

"Que o restabelecimento de Israel na terra da Palestina é um dos acontecimentos a serem esperados neste Dia do Senhor, estamos plenamente seguros pela expressão acima do Profeta." (C. T. Russell, Studies in the Scriptures, III, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1891, pág. 244.)
   
"A promessa, vezes e mais vezes repetida, que o Senhor os reuniria e abençoaria na terra e os manteria ali e os abençoaria para sempre é prova conclusiva de que a promessa tem que ser cumprida.... Eis que o tempo está próximo!" (J. F. Rutherford, Comfort for the Jews, pág. 55, citado por Gruss, Ibidem, pág. 158.)
   
Contudo, agora eles têm que aceitar sem questionar exatamente o oposto:
   
"Nada no moderno retorno dos Judeus à Palestina e no estabelecimento da república israelense corresponde às profecias da Bíblia concernentes à restauração do povo titular de Jeová no seu favor e organização.... O restante dos israelitas espirituais, como as Testemunhas de Jeová, proclamaram em todo o mundo o estabelecimento do reinado de Deus em 1914." (Let God Be True, 2ª edição, págs. 217-218, citado Ibidem , pág. 158.)
   
Sobre as "autoridades superiores" de Romanos 13, as Testemunhas de Jeová ensinaram, até 1929, que as "autoridades superiores" eram os governos terrestres a quem os cristãos pagavam impostos, etc. (C. T. Russell, Studies in The Scriptures, I, pág. 266.) Então, de 1929 a 1962, a Sociedade Torre de Vigia explicava as "autoridades superiores" como sendo o Altíssimo Deus Jeová e seu exaltado filho Jesus Cristo (This Means Everlasting Life, pág. 197.). Então, em 1962, ela retornou à sua posição anterior:
   
"A despeito do fim dos Tempos dos Gentios em 1914, Deus permitiu que as autoridades políticas deste mundo continuassem como 'autoridades superiores' ou 'poderes existentes,' que são ordenados por Deus." (Babylon the Great Has Fallen! God's Kingdom Rules!, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1963, p. 548.)

Certamente, podemos ver que estas mudanças de doutrina e estas declarações contraditórias não podem ter vindo de Deus. Citamos a Sociedade Torre de Vigia numa declaração com a qual concordamos de todo coração:

"Jeová nunca comete erros. Onde o estudante confia no homem, é certo que ele será levado a dificuldades." (J. F. Rutherford, Prophecy, Brooklyn: Watchtower Bible and Tract Society, 1929, págs. 67, 68.)
   
"Os homens não somente contradizem a Deus, mas contradizem-se uns aos outros. Como poderiam eles ser guias confiáveis, a menos que suas palavras sejam baseadas nas palavras de Deus?" (Awake!, 22 de março de 1963, pág. 32, citado por Gruss, Jehovah's Witnesses - A Non-Prophet Organization, pág. 159).


As Testemunhas de Jeová não
honram Jesus como honram o Pai


Quando começamos a estudar o ensinamento das Testemunhas de Jeová sobre Jesus, logo veremos que o ponto crucial da questão é  se Jesus é ou não um ser criado. As Testemunhas  de Jeová, quando pressionadas, admitirão que Jesus é "um deus" ou que ele é um tanto divino. Mas sua crença básica sobre Jesus é que ele é um ser criado. Como tal, ele não é digno de adoração, como o Pai o é.

Naturalmente, se Jesus é um ser criado, então as Testemunhas de Jeová estão certas em não adorá-lo. O próprio Jesus disse, em Mateus 4:10 (quando ele se recusou a adorar Satanás): "Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto". Este é um dos trechos favoritos das Testemunhas de Jeová em suas tentativas para mostrar que Jesus não deve receber adoração como o Pai.

A palavra grega para adoração nesta passagem é proskuneo, que literalmente significa "beijar a mão a alguém." A Bíblia uniformemente condena a adoração de tudo que é criado. Quando ele descreveu a degradação pagã dos gentios em sua idolatria. Paulo disse em Romanos 1:25, "Pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!"
   

A definição bíblica de idolatria


Sempre que se adora qualquer coisa criada, seja uma pedra, uma árvore, um ser humano, etc., pratica-se o que a Bíblia chama idolatria. Naturalmente, a aplicação a esta questão é: se Deus criou Jesus (como afirmam as Testemunhas de Jeová que ele fez), então quem adorasse Jesus seria um idólatra.

Para confirmar ainda mais que a adoração de seres criados é errada, note a tentativa de Cornélio de adorar Pedro em Atos 10:25-26: "Aconteceu que, indo Pedro a entrar, lhe saiu Cornélio ao encontro e, prostrando-se-lhe aos pés, o adorou.  Mas Pedro o levantou, dizendo: Ergue-te, que eu também sou homem" (Atos 10:25-26). Qual era o ponto de Pedro? "Não é apropriado adorar um ser criado, e eu, Pedro, sou uma criatura, portanto, levanta-te!"

Em Apocalipse 19:10, João contou sua tentativa sem sucesso de adorar um anjo (que é uma criatura, Salmo 148:2-5):  "Prostrei-me ante os seus pés para adorá-lo. Ele, porém, me disse: Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantêm o testemunho de Jesus; adora a Deus." João tentou um ato semelhante em Apocalipse 22:9 e recebeu uma correção semelhante. Simplesmente, nunca é certo adorar uma criatura.
   

Jesus recebeu adoração e
nunca reprovou ninguém que o adorasse


Por causa de Pedro rejeitar a adoração de Cornélio, e do anjo rejeitar a adoração de João, é especialmente surpreendente que os escritores da Bíblia usem a palavra adoração (proskuneo) do próprio Jesus quatorze vezes no Novo Testamento. Jesus aceitou essa adoração e nunca reprovou aqueles que o adoraram!

Em Mateus 2:1-2:  "...vieram uns magos do Oriente a Jerusalém.  E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo".

Semelhantemente, em Mateus 2:11:  "Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram...."

As Testemunhas de Jeová podem replicar que estes eram apenas pagãos ignorantes. Mesmo que isso fosse verdade, concordemos que eles cometeriam idolatria se Jesus fosse uma criatura. Observe algumas passagens mais adiante.

Em Mateus 8:2, temos este registro:  "E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-o, dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me."
   
Alguém poderia asseverar que este homem também adorou Jesus em ignorância. Ainda assim, ele seria um idólatra se Jesus é, como as Testemunhas de Jeová asseguram, um ser criado.

Novamente, em Mateus 9:18:  "... um chefe, aproximando-se, o adorou e disse: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe a mão sobre ela, e viverá."
   
Prolongamento

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