Vamos deixar de lado os princípios gerais e verificar no detalhe a nossa atividade, sem reticências, mas também com muita caridade.

• Tratamos com o mesmo carinho as pessoas que nos chegam diariamente ou fazemos alguma distinção?
• Temos consciência do empenho e dedicação que devemos colocar em nossa atividade?
• Nos apercebemos que no nosso cotidiano, Deus nos agracia com pequenos-grandes-milagres, colocando em nosso caminho verdadeiras lições de vida?

1. Oração:

• Dai-nos olhos para ver as necessidades e os sofrimentos do nossos irmãos e irmãs;

• Inspirai-nos palavras e ações para confrontar os desanimados e oprimidos;

• Fazei que, a exemplo de CRISTO, e segundo o seu mandamento, nos empenhemos no serviço a eles;

• Ajudai-nos a amar sem discriminação. Que eu possa ver no próximo a vossa pessoa e a encarnação do vosso amor.

• Vamos encontrar um modo concreto e prático para que na Cruzada Santo Antônio haja verdadeira solidariedade, serviço e unidade, em torno de um único ideal: CRISTO.
• Encontremos também um modo concreto de receber os pobres que nos chegam diariamente, com carinho e dar a eles a atenção devida.

1. Sugestões para Leitura:

Conheci um alfaiate humilde, numa cidade do interior. Pobre, honesto, um coração de ouro, cheio de fé e benemerências. Naquele seu jeito simples, olhos limpos, embora cansados de trabalhar, repetia sempre:

• Enquanto o senhor prega, faz conferências, escreve livros, eu vou abrindo a porta do céu com a ponta dessa minha agulha de pobre alfaiate. Eu rezo, sofro e me converto, picando pano, costurando roupas para os meus fregueses. É meu jeito de servir e viver.

Lindíssimo depoimento. Na simplicidade de sua linguagem e de seu coração, este alfaiate confessa estar abrindo as portas do céu, picando pano, confeccionando roupas, servindo com amor e alegria.

Não é a grandeza ou a pequenez da tarefa que vulgarizam ou nobilitam uma existência.

O mais importante é a dedicação e o empenho que você coloca em seu trabalho, em sua missão. Na vida e no Reino de Cristo, o mais importante não é a vitória, mas o fato de estar lutando, de suar a camisa, de não sair do campo.

Na vida e no Reino de Cristo, a colheita não é o mais decisivo e fundamental. O importante é plantar, no cumprimento de nosso dever.

Parafraseando Santa Teresa de Ávila, podemos dizer: "Deus está presente até nas panelas da cozinha mais pobre e despojada, onde o leite derramou mais vezes. E o feijão terminou queimando..."

O destino da rosa é florescer, perfumar caminhos. O destino do ser humano é crescer, viver, servir, frutificar. Não importa onde, em que tarefa.

Tanto faz o lugar, a idade ou a cultura. O essencial é ser presença, ser amigo e cordial. O importante é ser alguém.

A mínima tarefa se torna grande quando realizada com amor, quando ofertada ao Pai.

Enxertados em Cristo, unidos a Deus e solidários com os irmãos de caminhada, toda nossa vida se faz ofertório, sacramento. É o nosso oferecimento cotidiano que realiza o pequeno-grande milagre, espiritualizando cada segundo do nosso existir. Dom Marcos Barbosa, poeta e escritor, escreveu:

Apesar de nossas limitações e fragilidades, somos privilegiados colaboradores de Cristo, na obra inacabada da Redenção.

Certo homem tinha três amigos. Um dia foi chamado para comparecer ao juiz e pediu aos amigos que o acompanhassem.

O primeiro disse: "Não posso ir, mas pago a despesa da viagem".

O segundo falou: "Não posso ir até o juiz, mas vou acompanhá-lo até a porta do tribunal".

O terceiro, porém, disse: "Conte comigo! Vou com você até o juiz".

Sabe quem esses amigos?

O primeiro é o dinheiro: quando morremos, paga a funerária.

O segundo é a família: acompanha-nos até a porta da sepultura.

O terceiro são as boas obras: vão conosco até a presença de Deus.