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Alguns apontamentos sobre a realização do Projecto Educativo

A existência de um Projecto Educativo (P.E.) e do correspondente Regulamento Interno (R.I.) numa escola não pode ser uma mera formalidade. Ou seja, não faz sentido que um trabalho de planificação, elaboração, debate e aprovação de um conjunto de textos que enunciam princípios, orientações e regras coerentes entre si porque unidos por uma Ideia de Escola que os aglutina sirva apenas para os mandar encadernar a fim de os colocar nas várias estantes da escola e, quando oportuno, mostrar a outros para se ver que já existe um P.E. e um R.I. Sabemos que isso já aconteceu em algumas escolas - houve já quem encomendasse a alguém exterior à escola um P.E. já feito e pronto a ... mostrar!

 

Na nossa escola, desde o início que o propósito nunca foi esse. Não foi nem é. No entanto, manda a verdade dizê-lo que havia quem duvidasse de que o Projecto Educativo e o Regulamento Interno alguma vez viessem a entrar em vigor. Mas estão em vigor e como estão talvez seja oportuno, no último número do Rio Judeu deste ano lectivo, deixar alguns apontamentos sobre o ainda curto período de realização do Projecto e de cumprimento do Regulamento.

 

 

 

Ano lectivo 1996/97 - Ano Zero do Projecto Educativo

Um Projecto Educativo para passar à fase de concretização plena necessita de dois instrumentos fundamentais: o Regulamento Interno e o Plano de Actividades que anualmente faseia a realização do P.E.. Ora, tendo sido o nosso P.E. aprovado em 23 de Outubro de 1996 isso implicava que esse ano fosse dedicado à construção das condições que possibilitassem que o ano lectivo seguinte (97/98) pudesse ser o primeiro da sua implementação. No entanto, pretendeu-se também que 1996/97 pudesse ser, simultaneamente, um pequeno "ensaio" centrado em dois ou três aspectos do recém- aprovado P.E.. O quadro 1 sintetiza o trabalho planificado e realizado nesse ano denominado de Ano Zero.

Os resultados alcançados no final do ano foram encorajadores pois encontrou-se inovação e rigor em muito do trabalho desenvolvido. O Ano Zero concluiu-se, assim, com as condições criadas para que se pudesse dar início à realização faseada do P.E.

 

 

 

Ano lectivo 1997/98 - Ano 1 do Projecto Educativo

Por razões que ultrapassaram as funções da coordenação do P. E., este ano lectivo, no que diz respeito especificamente à execução do P.E., só pôde ser planificado a partir de Dezembro. O Plano Anual de Actividades 97/98 foi aprovado no mês de Janeiro e aí se definiram as prioridades fundamentais para o corrente ano em cada um dos domínios referenciados no P.E.. No quadro 2 apresenta-se um resumo desses objectivos prioritários.

 

 

Naturalmente que não é este o espaço e, também, ainda não é o tempo próprios para se proceder a balanços rigorosos e exaustivos, no entanto, algumas observações genéricas podem ser aqui deixadas:

 

. A existência do P.E. e do respectivo R.I. começa agora, e sublinhamos começa, a ser interiorizado pelos profissionais desta escola. O processo está no início e ainda há muito a fazer neste campo. O próximo ano deverá ser o tempo de consolidação desta interiorização e, fundamentalmente, de desenvolver estratégias que proporcionem essa interiorização aos alunos. O P.E. e o R.I. foram elaborados com a participação de muitas pessoas onde estiveram também presentes os alunos através da sua Associação de Estudantes e através das centenas de respostas a inquéritos que foram efectuados. Mas, naturalmente, que isso não chega para que a mobilização se instale - a Associação de Estudantes é outra, os professores também não são exactamente os mesmos e, repita-se, havia quem não acreditasse que a concretização do Projecto se iniciasse. Um grande esforço de informação e motivação deverá ser desencadeado em 98/99.

. A existência do P.E. e do respectivo R.I. proporciona algo de fundamental: que haja claramente definidos um corpo de ideias e de metas que possibilitem que se saiba o que se quer e para onde se vai na prática educativa. A sua execução não é um caminho fácil, sem dificuldades ou obstáculos. Eles existem, inevitavelmente, e de diversa ordem. O novo, sabêmo-lo, gera sempre reacções positivas e negativas. O importante é que haja uma atitude perseverante para que sejam encontradas as melhores soluções coerentes com os princípios adoptados e não se caia na desistência.

 

Duas notas finais de optimismo:

A primeira para fazer referência a um processo inovador e de importância fundamental para a nossa escola. Trata-se de realizar a auto-avaliação da qualidade do serviço prestado pela E.S.A. à comunidade escolar. Só poderemos melhorar a qualidade do serviço que prestamos se tivermos consciência das nossas virtudes e das nossas falhas. Só seremos uma escola melhor se nos conhecermos melhor. Nesta primeira semana de Junho realiza-se o primeiro momento do processo de auto-avaliação.

A segunda nota diz respeito ao projecto da nova Biblioteca/Centro de Recursos (audio, vídeo, informática, sala de estudo) e que neste momento está a ser concluído. Este novo e amplo espaço a criar no Pavilhão B assume particular relevo pela natureza interactiva de que se reveste e pelo potencial pedagógico e cultural de que é possuído.

A preocupação de não improvisar, ou seja, de projectar de raíz uma nova biblioteca/Centro de Recursos levou-nos a solicitar a colaboração técnica da Câmara Municipal do Seixal que prontamente respondeu através da disponibilização da Chefe de Divisão de Biblioteca e Arquivo Histórico da C.M.S., DrŠ Vera Silva. O projecto é fruto dessa prestimosa colaboração. Recorde-se que foi a partir de um processo de auscultação de todos os Grupos Disciplinares e após análise e síntese das propostas apresentadas que o projecto se iniciou. Os apoios ministeriais estão garantidos e o ano de 1999 vai, com certeza, ver nascer um novo espaço que é filho de um Projecto Educativo que terá muito para dar até 2002.

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