Segundo o especialista em linguística Noam Chomsky, por detrás das diversas línguas está uma unidade profunda, como que uma linguagem-base comum a todos os povos, que designa "gramática universal". Será essa linguagem de base biológica ou espiritual?
Chomsky - comummente chamado "o papa da linguística" e director do respectivo departamento no Instituto de Tecnologia de Massachussetts -, apresentou em 1957 uma nova teoria da linguagem, segundo a qual "nós falamos tal como vemos", comprovando que em todas as línguas, algumas características são aprendidas e outras não.
Então, a Humanidade é homogénea na sua expressão linguística de base, exactamente como o é na sua biologia. Os diferentes povos não fazem mais do que combinar um número limitado de sons que traduzam os comportamentos possíveis.
Segundo esta teoria não são os adultos que ensinam os filhos a falar: "as crianças sabem falar como sabem ver ou como o pássaro sabe voar". O adulto apenas direcciona a criança para uma determinada língua, no quadro da "gramática universal".
Chomsky admite, sem o demonstrar, que a origem da linguagem está nos genes que herdamos dos nossos pais. Por consequência, admite que "nenhuma dificuldade de tradução é intransponível no seio da espécie humana; inversamente se a nossa Humanidade entrasse em contacto com extraterrestres, não poderíamos certamente compreendê-los".
Curiosamente, o físico teórico Jean E. Charon - bem como outros seus colegas das Universidades de Princeton e de Passadena - considera que o Homem utiliza uma linguagem básica não verbalizada - uma radiação -, podendo assim comunicar com outros homens, com outros animais e mesmo com seres extraterrestres.
Charon formulou no final dos anos 70 uma complexa teoria, segundo a qual "cada electrão deforma o espaço à sua volta à maneira de um buraco negro", constituindo por si só um microuniverso isolado do espaço exterior. Este microuniverso electrónico parece então ser constituído por "matéria e radiação", sendo esta última constituída por uma "espécie de gás de fotões, possuidores de todas as velocidades e todas as direcções".
A interacção entre electrões é explicada pela troca de fotões, ou seja de radiação electrónica, demonstrando que o electrão "é capaz de trocar esta informação à distância com outros electrões".
Assim, o conjunto de electrões existentes no corpo humano comunicam-se com outros electrões de outros corpos, o que explica as relações do Homem com a Natureza. Charon apresenta desta forma a possibilidade de o Homem se comunicar com outros homens sem o intermediário da linguagem habitual (por transmissão de pensamento ou telepatia), admitindo ainda a comunicação directa com outros animais ou com seres extraterrestres.
O Homem, como os outros seres, seria um permanente emissor de radiações, bem como um permanente receptor de radiações.
Estas teorias são hoje a base de vários
estudos em diversas Universidades norte-americanas e europeias. Os resultados
das investigações em curso poderão alterar profundamente
as concepções existentes e originar mesmo uma modificação
dos comportamentos.