Os dados estatísticos disponíveis sobre as religiões existentes referem-nos cerca de oito mil seitas, apresentando variações consideráveis quanto ao número de adeptos de cada uma.
A "Encyclopaedia Britannica" de 1989 aponta entre as mais importantes seitas: católicos (900 milhões), muçulmanos (880 milhões), hindus (663 milhões), protestantes (407 milhões), confucianos (350 milhões), budistas (311 milhões), cristãos ortodoxos (161 milhões), animistas (92 milhões), shintoístas (30 milhões), judeus (18 milhões).
A Suprema Inteligência Universal terá sido a Força Criadora de tudo quanto existe. E se criou tudo, também criou os homens.
Estes - os homens - na sua capacidade criativa (não propriamente criadora) inventaram deuses em quantidade razoável. Ultrapassadas as fases mais primitivas do animismo e do politeísmo, os seres humanos têm, nos últimos milénios, criado e adorado deuses mais de acordo com as suas condições ambientais e com características físicas e mentais marcadas pelas suas próprias características.
Estes deuses foram criados com os mais diversos adornos e servidos por práticas místicas por vezes complexas, tudo de acordo com um profundo e comum sentido adulatório. Adora-se para mendigar favores e protecção, para que outros façam aquilo que a preguiça mental dos próprios lhes impede de fazer.
Com o passar dos tempos, nota-se uma nítida evolução dos conceitos, que parece aproximar as seitas. Com a revolução da comunicação social, vão-se tornando ridículos os deuses regionais (de face branca para os europeus, ou de olhos rasgados para os asiáticos, por exemplo). Com a investigação científica e tecnológica, têm vindo a ser aclarados muitos fenómenos antes tidos como "ocultos" ou mesmo impossíveis, têm sido destruídos muitos tabus e deitadas por terra imensas crendices populares.
À medida que os homens vão tendo acesso a mais e mais áreas de conhecimento e crescendo em capacidade de desenvolvimento do seu raciocínio lógico, cai o misticismo e impera o bom senso. E, provavelmente, essa evolução no sentido do esclarecimento só não é mais rápida devido aos enormes interesses económicos que se têm escondido por trás das religiões.
Quando assistimos a múltiplos conflitos armados, como aquele a que se chamou Guerra do Golfo, ponderamos se esses enormes interesses económicos não terão ultrapassado os limites do razoável; meditamos se o fanatismo religioso não terá também ido além do admissível pelas leis que regem o Universo.
Será menos aceitável uma tese deste tipo do que as teorias anti-imperialistas (há muito tempo caídas em descrédito na Europa) ou as campanhas fazendo-nos crer que os líderes do médio oriente são loucos (o agora chamado "louco" Saddam Hussein foi anteriormente armado pelos ocidentais e pelos orientais contra o então considerado "louco" Komeiny)?
Se foram ou vierem a ser ultrapassados os limites das leis universais, será natural que aconteçam situações conflituosas ou catastróficas geradoras de muito sofrimento, mas que poderão levar os seres humanos a refrear as suas ambições económicas e as suas tolices fanático-religiosas.
Haverá a lamentar o facto de, entretanto, se verificar a perda da vida física de um considerável número de homens e a transformação destrutiva de uma área do Globo terrestre que, ainda e sempre, se deseja não sejam demasiado grandes.
Mas, finalmente, a Humanidade poderá
realizar um significativo avanço na sua trajectória evolutiva.
Talvez então se verifique uma convergência de pontos de vista,
uma união de esforços e o verdadeiro respeito pela Inteligência
Universal.