Saudades
Edike Carneiro
Saudades dos teus seios e dos aromas que eu sentia quando os beijava...
dos teus corpetes vermelhos que me deixavam vermelho quando você os tirava...
Saudades dos teus meios que enlouqueciam luares e fins...
dos vinhos tintos secos que adoravelmente embriagavam noites e querubins...
Saudades dos teus conflitos que me deixavam aflito e ao mesmo tempo me apaixonava mais...
das camisolas de seda deslizando em teu corpo e da sede de te amar não me deixando em paz...
Saudades dos teus gemidos que interagindo aos meus produziam doces canções...
dos desejos que palpitavam em nossos peitos independente se eram loucos os nossos corações...
Saudades dos teus bilhetes que me despertavam e que faziam o café encantar minha boca...
dos encontros na sala que unia nossos corpos numa dança tão louca...
Saudades dos paraísos inventados, loucamente criados em meio a saladas de maçã...
da tua voz na madrugada, maravilhosa cilada tomando conta da nova manhã...
(e meu coração como fosse um barco
navega em uma noite clara...
rara... e me vejo agora como se fosse Don Juan de Marco...
desligo o vídeo e adormeço... sonhando que estarás ao meu lado quando eu acordar...)
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