Origem e Evolução da Língua Portuguesa
Com a expansão do Império Romano, o latim, língua falada na região do Lácio e membro da família indo-européia ( grupo linguístico do qual faz parte a maioria das línguas ocidentais ), expandiu-se por grande parte da Europa e impôs-se às línguas dos povos conquistados, recebendo, ao mesmo tempo, influências, das mesmas. Surgiram assim vários dialetos que, com o decorrer do tempo, desapareceram ou se estruturaram melhor.
Esses dialetos, chamados genericamente de romanço ( do latim romanice = falar como os romanos ), ganharam maior complexidade e importância após a queda do Império Romano do Ocidente e as invasões bárbaras, no século V. Na Península Ibérica, desenvolveram-se dialetos como o castelhano, o catalão e o galego-português. Este último abrangia as regiões da Galiza e de Portugual, e foi falado entre os séculos XII e XIV, aparecendo em diversos documentos e obras literárias.
Em meados do século XIV, o modo de falar da região sul, especialmente de Lisboa, passou a influenciar fortemente a língua, diferenciando cada vez mais o galego e o português. No entanto, o português só foi caracterizado como uma língua distinta do galego e do castelhano na época da publicação do "Os Lusíadas", de Luís Vaz de Camões, em 1572.
Fases resumidas:
FASE PRÉ-HISTÓRICA: anterior ao século XII, latim bárbaro.
FASE DO PORTUGUÊS ARCAICO: do século XII ao XVI, galego-português entre XII-XIV e separação destes ente XIV-XVI.
FASE DO PORTUGUÊS MODERNO: século XVI até a atualidade, onde vemos a uniformidade da língua e o surgimento de dicionários.
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