O DALAI LAMA FALA DE JESUS
Antonio Carlos Rocha
Se o leitor fizer uma rápida retrospectiva verá
que nos últimos meses temos falado muito, nesta mensagem, de Sua
Santidade o Dalai Lama. Aprendemos com o Budismo que é sempre bom
cultivarmos o lado positivo das coisas; o lado correto da vida, que Sidarta
Gautama, o Buda, desde o século VI aC., falava tanto. Sidarta
falava também no Kalyana Mitra (em língua páli, "o
verdadeiro amigo", o bom amigo), aquele que indica o caminho, que sugere,
que dá uma força, que apoia.
O Dalai Lama tem-se revelado, através das décadas,
um bom amigo; um ótimo companheiro (literalmente, "aquele que compartilha
o pão") e aqui pão no sentido espiritual. Assim é
que, mais uma vez, vamos falar neste grande monge budista da atualidade
chamado Tenzin Gyatso, que o mundo aprendeu a respeitar e a admirar como
o XIV Dalai Lama do Tibet.
O mais novo livro dele publicado no Brasil tem o título
acima, aliás, muito oportuno, O Dalai Lama fala de Jesus, Editora
Fisus e pode ser encontrado ou encomendado nas boas livrarias. São
272 páginas. Sua Santidade vai lendo e comentando diversas passagens
dos Evangelhos. E o trabalho é fruto de um retiro espiritual que
reuniu budistas e cristãos em um convento católico do Canadá.
Interessante que na introdução do livro, o
padre católico beneditino, Lawrence Freeman, chama o Dalai
Lama de "Um dos professores espirituais mais amados do mundo". É
isso mesmo! É muito importante este conceito de professor. Buda
foi um grande professor, Jesus foi um grande professor. Os grandes mestres
da humanidade também são grandes professores. É bem
melhor esta definição e mais atual, mais contemporânea.
Eles ensinam espiritualidade e nós precisamos muito aprender e praticar
esta matéria, esta disciplina - espiritualidade. O mundo já
está na idade de aprender, apreender, praticar e vivenciar espiritualidade.
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