Em 1957. Enquanto trabalhava para a empresa Roche, Rendal descobriu o efeito tranquilizante do oxidoclorodiazepam, que Sternbach, na mesma empresa, já tinha sintetizado em 1955.
Estas descobertas foram seguidas pela síntese de um grande numero de substancias similares, dos quais as mais comuns são o diazepam (Valium), o flunitrazepam (Rophynol), o oxazepam (Serenal) e o lorazepam (Temesta). Estas substancias afectam os receptores GABA, mas ao contrário dos barbitúricos, que tem um efeito primariamente ao nível do tronco cerebral, elas afectam o núcleo subcortical. Isto implica que elas têm uma função tranquilizante apenas com um pequena influencia nas funções cognitivas e nível de consciência. A funcionalidade primária destas substancias não é propriamente sedativa, mas elas reduzem a força dos estímulos sensoriais recebidos: o efeito é que o mundo que nos rodeia aparenta ficar mais tranquilo. A sua área de prescrição é assim, fundamentalmente como ansiolitico. Uma característica especial do Valium é o seu efeito relaxante sobre os músculos.
Se bem que se tenha inicialmente pensado que as benzodiazepinas não fossem viciantes, está hoje demonstrado que eles provocam dependência. O síndrome de abstinência é uma consequência do seu efeito. Se a tranquilidade, induzida quimicamente, que rodeia o individuo for interrompida pela interrupção do seu uso, a situação, outrora tranquila, passa vivida com dificuldade, o que resulta em ansiedade, etc. De qualquer forma, estes são precisamente os sintomas para os quais esta droga é prescrita, o que rapidamente resulta num circulo vicioso de dependência.
As benzodiazepinas tem uma toxicidade muito baixa: tentativas de cometer suicido com elas estão sujeitas a falhar, a não ser que seja combinadas com outras substancias (álcool).
Tradução do texto disponível no Drugtext website.
Publicado com o consentimento da DrugText.
Junho de 1997