[LOG] MAP [Página Principal][Paises][Indice de secção]
[Indice de artigos]
[Email]

As características sociais dos participantes na experiência multicentrica Suíça de administração de heroina na altura da admissão


 

Resultados preliminares

 

1. Introdução

A Suíça, tal como a maioria dos outros países europeus, viveu durante o final dos anos 80 um agravamento dos problemas associados com o uso de drogas ilegais, assim como um aumento do numero de toxicodependentes evidenciando sinais cada vez maiores de exclusão social. Os meios terapêuticos tradicionais não se mostraram capazes de interromper este desenvolvimento preocupante, já que um numero considerável de consumidores de drogas ilegais não aparentam ser possíveis de abordar com os programas actuais, especialmente, os toxicodependentes com deficiências sociais e psicopatológicas têm frequentemente dificuldades de permanecerem nos programas o tempo suficiente para serem reabilitados. As seguintes situações são apontadas como principais factores para as desistências dos programas terapêuticos: a prática de actividades ilegais, contactos com o meio das drogas e a falta de perspectivas significativas com respeito à sua situação de vida futura. (Nota 1)

Preocupado com esta situação o Governo Federal Suíço iniciou um estudo longitudinal embebido em pesquisas multicentricas concebido para analisar os efeitos as longo prazo de prescrições médicas diversificadas de diferentes estupefacientes (heroina, morfina e metadona) nos toxicodependentes de longo historial que manifestem sinais de marginalidade social. (Nota 2) Os principais objectivos relativos aos participantes na experiência multicentrica são (Nota 3):

De modo a serem considerados para a admissão, os participantes tem de provar que são dependentes da heroina à pelo menos 2 anos, num regime de consumo diário e que tenham falhado pelo menos dois esforços terapêuticos. Não devem ter uma idade inferior a 20 anos e devem sofrer de deficiências de integração social e/ou mau estar psicológico ou problemas de saúde. Para além disso, devem existir boas razões para justificar que nenhum outro programa se encontra indicado para o participante. As experiências estão embebidas numa concepção cientifica e os participantes nas experiências têm de concordar em participara em entrevistas e exames científicos.

Os participantes são admitidos com base num procedimento de avaliação exaustivo, que inclui a situação social na altura, as experiências terapêuticas passadas e um exame médico. O presente documento focaliza-se nas deficiências sociais e nas características da história do consumo de drogas de acordo com os critérios de admissão. Os resultados são baseados nos dados produzidos por entrevistas estruturadas levadas a cabo pelos profissionais dos centros de tratamento e que procuram avaliar as já referidas deficiências e características aquando da admissão para este tratamento experimental. Devido ao facto das admissões ainda não terem terminado e também devido ao facto de apenas os primeiros 169 questionários estarem preparados para a análise estatística, apenas podemos avançar com os resultados preliminares sobre o grau de exclusão social dos participantes.

2. Resultados preliminares

2.1. Características sociodemográficas

Observando a distribuição regional dos pacientes admitidos nas experiências, verificamos que a maioria vive no cantão de Zurique, a maior parte dos quais vive na cidade de Zurique, isto porque as duas experiências de Zurique começaram primeiro. Um terço dos pacientes vive no Cantão de Berna e apenas 10 indivíduos têm a sua residência for a destes dois cantões. (Figura 1) A nacionalidade dos participantes é maioritariamente Suíça, 86% dos participantes, e apenas 14% têm nacionalidade estrangeira.

Figura 1: local de residência dos participantes na altura da admissão na experiência.

 

Os indivíduos que participam na experiência multicentrica sobre opiáceos têm em média 30 anos de idade (em todos os outros programas de tratamento a idade é menor). O mais novo tem 21 anos e o mais velho tem 47 anos (Figura 2). Um terço dos participantes são do sexo feminino e dois terços do sexo masculino, o que corresponde às proporções encontradas nos estudos Epidemiológica sobre o consumo de drogas. Os elementos do sexo feminino são em média dois anos mais novas que os do sexo masculino.

Figura 2: A distribuição etária dos participantes na altura da admissão.

 

2.2. Integração social

2.2.1 Integração estrutural

Um dos principais objectivos das experiências suíças sobre opiáceos é alcançar os toxicodependentes que mostram sintomas múltiplos de desintegração social e que ainda não foram ainda, ou não se conseguem manter, pelas modalidades tradicionais de tratamento (manutenção com metadona, comunidades terapêuticas, etc.) Os principais indicadores de exclusão social são as más condições na habitação, desemprego e pobres recursos económicos.

Observando os nossos dados verificamos que uma grande parte dos pacientes incluídos nesta experiência caracteriza-se por más condições de habitação: 18% vivem nas ruas (o valor correspondente para os pacientes em programas de manutenção com metadona é de 9%), 26% apenas tem um único quarto alugado, 9% continuam a viver com os pais, e 40% têm o seu próprio apartamento. (Figura 3). Um terço dos pacientes apenas tem à disposição alojamento temporário.

Figura 3: Condições de habitação nos participantes na altura da admissão

 

No que respeita à performance laboral, a maioria dos pacientes não trabalhou durante os últimos 12 meses e apenas 16% tem actualmente emprego (o valor correspondente para os programas de manutenção com metadona é de 37%) (Figura 4)

Figura 4: A situação laboral dos participantes na altura da admissão

 

De acordo com estes dados, a maioria dos indivíduos durante o ultimo mês que antecedeu a admissão na experiência, suportavam-se com base na segurança social e em actividades ilegais. (Figura 5)

Figura 5: Fontes de rendimento dos participantes na altura da admissão

 

Analisando com maior detalhe as suas situações económicas, verificamos que os participantes necessitam mensalmente de uma elevada soma de dinheiro para manterem os seus consumos de droga, enquanto que o resto das suas despesas de sobrevivência são extremamente baixas. Considerando o alto custo do consumo de drogas ilegais, a grande extensão das fontes ilegais de rendimentos não é nenhuma supressa (Figura 6).

Figura 6: Associação entre os gastos mensais no consumo de drogas e as fontes de rendimento ilegais na altura da admissão.

 

2.2.2 Redes sociais

Os toxicodependentes que saíram das suas estruturas sociais têm normalmente os seus contactos sociais dentro do meio das drogas. As suas relações com elementos exteriores ao meio das drogas, com familiares e amigos, são frequentemente sofríveis. No que respeita a nossa amostra, estamos interessados em verificar se os toxicodependentes admitidos na experiência também apresentam deficiências no seu relacionamento social.

É impressionante a frequência com que os pacientes incluídos na amostra referem não possuir "bons amigos" (25%). Considerando a percentagem de contactos sociais, verificamos que 34% tem os seus amigos e colegas principalmente for a do meio das drogas, enquanto que a maioria passa o seu tempo com pessoas inseridas no meio das drogas. (Figura 7)

Figura 7: Associação entre os contactos sociais for a do meio das drogas e possuir um confidente na altura da admissão.

 

Observando os parceiros actuais verificamos que 60% não tem qualquer companheiro a viver com ele.

2.3. Exclusão social

2.3.1. Delinquência

Observando as experiências passadas em relação aos problemas com a justiça, idas a tribunal e permanência na prisão, verificamos que a maioria dos toxicodependentes admitidos na experiência foram pelo menos uma vez condenados pelo tribunal (Figura 8): 44% relataram esses acontecimentos antes de estarem inseridos no contexto do consumo de drogas duras, e apenas 13% não relataram condenações durante a sua história de consumo de drogas. Um terço foi condenado mais de três vezes no referido período, e outro terço está neste momento a braços com um julgamento em tribunal.

Figura 8: Problemas com a justiça, tribunal e prisão, na altura da admissão.

 

As experiências de detenção são também comuns: 21% já foi abordado e detido antes de se iniciar no consumo de drogas duras, e a percentagem correspondente durante a história de consumos ascende a 67%; 12% tiveram pelo menos uma vez presos antes de iniciaram os consumos de drogas, enquanto que apenas 31% relatam não terem estado presos durante a época de consumo de drogas. (Figura 8)

Em especial os toxicodependentes do sexo feminino frequentemente suportam-se a si próprios recorrendo à prostituição. Olhando para este aspecto na nossa amostra verificamos que na globalidade 36% viveram na sua vida experiências de prostituição. A percentagem de pacientes que entraram na prostituição nos últimos 6 meses foi de 19%. Considerando apenas os elementos do sexo feminino, estes valores são mais elevados: 64% viveram períodos da sua vida em que se prostituíram, e 43% prostituiram-se nos últimos 6 meses.

2.3.2. Consumo de drogas

As experiências são dirigidas para pacientes que são dependentes de heroina à pelo menos dois anos. Em relação com este critério estávamos interessados em analisar os padrões típicos de consumo de drogas na nossa amostra.

Observando a biografia dos pacientes que foram admitidos na experiência, verificamos que a maioria deles já tinha experiências com várias drogas. Em especial, já tinham sido consumidas antes de se iniciarem os consumos de heroina/cocaína, drogas como o álcool, os tranquilizantes e a cannabis.

O primeiro contacto com a heroina ocorreu com a idade média de 18 anos; seguindo-se a primeira fase de consumo diário na idade média de 19 anos (Figura 9).

Figura 9: Idade em que se verifica o consumo diário de heroina e cocaína

A duração média dos consumos de heroina na altura da admissão era de 10 anos.

A maioria dos pacientes consumiu durante as ultimas 4 semanas antes da admissão, e para além do consumo diário de heroina, cocaína e outras drogas, especialmente cannabis, álcool e/ou benzodiazepinas. (figura 10)

Figura 10: consumo de drogas adicionais à heroina na altura da admissão

 

2.3.3 Tratamentos anteriores

A participação na experiência não deve ser o primeiro tratamento para os heroinómanos. Pelo que deste modo os pacientes na nossa amostra apresentam na sua história múltiplos tratamentos anteriores

Figura 11: Tratamentos anteriores

 

Com respeito ao tipo dos tratamentos anteriores, verificamos que os pacientes na sua maioria experimentaram diversas modalidades de tratamentos. Apenas 7% nunca tentaram um desintoxicação e 27% já fizeram mais de 5 tentativas, 58% foram admitidos pelo menos uma vez na vida em comunidades terapêuticas, e 95% frequentaram um programa de manutenção com metadona pelo menos uma vez na vida. (Figura 12)

Figura 12: Tipo de tratamento anterior

 

Os pacientes que chegaram directamente de programas de manutenção com metadona apresentavam características iguais de desintegração social que os outros participantes na experiência. A despeito do seu tratamento actual continuavam os seus consumos de drogas ilegais: 94% relataram consumos diários de heroina nas ultimas quatro semanas anteriores à admissão; a percentagem correspondente de cocaína é de 50%, e 48% consumiam as duas drogas, cocaína e heroina, diariamente. Mais de metade da amostra faziam parte do meio das drogas e dois terços suportavam-se a si próprios por meios ilegais. De acordo com estes dados, apresentavam uma má situação em relação ao trabalho: 58% estavam desempregados à mais de 12 meses.

3. Conclusões e notas finais

Diferentes estudos mostraram que o risco de abandono dos esquemas tradicionais de tratamento é especialmente alto nos toxicodependentes que apresentam múltiplas características de marginalidade social na altura da admissão no tratamento. (Nota 4) De modo a alcançar esses toxicodependentes com uma modalidade adicional de tratamento, o Governo Federal Suíço iniciou experiências cientificas. O principal objectivo das experiências é analisar o efeito a longo prazo de uma prescrição de estupefacientes diversificada (heroina, morfina e metadona) em toxicodependentes com uma dependência de longa data e sinais de marginalização social, e nos quais falharam até agora todos os outros esforços terapêuticos. (Nota 5)

O presente documento debruça-se no grau de exclusão verificada na população admitida na experiência durante a primeira fase de recrutamento. O principal interesse é analisar até que ponto os participantes correspondem aos critérios de admissão teoricamente formulados, por outras palavras, para avaliar em que medida é que a experiências alcançaram com sucesso a população considerada como alvo. Devido à continuação da fase de admissão e já que apenas uma parte dos dados está presentemente disponível, os resultados apresentados são preliminares. Contudo, e a despeito desta limitação, podem ser efectuadas as seguintes conclusões:

Os toxicodependentes apresentam frequentemente uma pobre integração social e as correspondentes múltiplas deficiências (Nota 6).

Tais deficiências são bem representadas nos participantes na altura da admissão na experiência. Elas são - ainda mais frequentes do que nos participantes nos programas de manutenção com metadona - caracterizadas por más condições de habitação e baixo grau de emprego. Deste modo, dispõem de poucos recursos económicos dentro dos esquemas sociais normais ou tem rendimentos ilegais, e uma grande parte deles está dependente da segurança social.

A criminalização dos toxicodependentes é frequentemente observada como um importante obstáculo ao sucesso da reintegração (Nota 7). Os participantes nas experiências estão normalmente envolvidos em actividades ilegais a vários níveis. Frequentemente suportam o seus consumos de drogas recorrendo à venda da própria droga ou por intermédio de outra actividade ilegal, e têm contactos repetidos com a justiça, policias, tribunais e prisão. As mulheres estão frequentemente envolvidas na prostituição.

O consumo de drogas é geralmente associado a roturas nos relacionamentos sociais (Nota 8). Os participantes nas experiências aparentam um isolamento social especial. Muitos deles não têm confidentes e a maioria tem os seus principais contactos dentro do meio das drogas. A maioria dos participantes tem uma experiência de consumo de drogas de longa duração e com uso de múltiplas drogas. Eles são também mais velhos que os participantes noutras modalidades de tratamento, ao que acresce o facto de, na sua maioria, já terem feito vários esforços para iniciar o seu tratamento.

Os participantes chegados dos programas de manutenção com metadona também apresentavam características múltiplas de exclusão social. Considerando o seu uso continuado e ilegal de heroina durante a frequência do programa de manutenção, dificilmente poderiam obter algum sucesso nesta modalidade (Nota 9).

Deste modo os dados analisados indicam que os participantes nas experiências suíças com opiáceos são indivíduos especialmente desintegrados, sofrendo de uma profunda toxicodependência, em que se verificou um falhanço dos outros esforços terapêuticos anteriores. Tomando em consideração o critério de admissão formulado, podemos então concluir que até ao momento as experiências alcançaram de forma satisfatória a população alvo.

4. Bibliografia

Ball JC, Ross A (1991) The effectiveness of methadone maintenance treatment: Patients, programs, services, and outcomes. New York: Springer Verlag.

Caplehorn JRM, McNeil DR & Kleinbaum DG (1993) Clinic policy and retention in methadone maintenance. Int J Addict 28 (1): 73-89.

De Leon G & Rosenthal MS (1979) Therapeutic communities. in: A Dupont, J Godstein, J O'Donnel (eds) Handbook on drug abuse. Washington: US Government Printing Office: 39-49.

Des Jarlais, DC (1989) AIDS prevention programs for intravenous drug users: diversity and evolution. Int Rev Psychiatry 1: 101-108.

Dobler-Mikola A & Zimmer Hofler D (1993) K'ientinnen drogentherapeutischer Gemeinschaften in der Schweiz zwischen 1978/79 und 1990/91. Drogalkohol 2: 69-82.

Hornung R, Fuchs W, Alvo K, Pfister L, Bossy C & Grob P (1991) Das Zurcher Interventions-Pilotprojekt gegen Aids fur Drogengefahrdete und Drogenabhangige (Zipp-Aids): zwei Jahre Aids-Pravention am Zurcher Platzspitz (1989-1990). Institut fur Sozial- und Praventivmedizin Zurich.

Hunt DE, Lipton DS & Spunt B (1984) Patterns of criminal activity among methadone clients and current narcotics users not in treatment. J Drug Issues 14: 687-702.

Marlatt GA (1979) Alcohol Use and Problem Drinking: a Cognitive-Behavioral Analysis. New York: Academic Press.

Rosenbaum M (1991) Staying off methadone maintenance. J Psychoactive Drugs 23 (3): 251-260.

Reno RR & Aiken LS (1993) Life activities and life quality of heroin addicts in and out of methadone treatment. Int J Addict 28 (3): 211-232.

Sickinger R, Kindermann W, Kindermann S, Lind-Kramer R & Timper-Nittel A (1992) Wege aus der Drogenabhangigkeit. Gelungene und gescheiterte Ausstiegsversuche. Freiburg im Breisgau: Lambertus Verlag.

Spunt BJ (1993) The link between identity and crime for the heroin addict in methadone treatment. Int J Addict 28 (9): 813-825.

Uchtenhagen A (1988) Zum Deliquenzverlauf bei Drogenabhangigen. In: Jugend und Delinquenz. Schweizerische Arbeitsgruppe fur Kriminologie, Reihe Kriminologie Band 3: 337-369.

Uchtenhagen A & Zimmer Hofler D (1985a) Heroinabhangige und ihre "normalen" Altersgenossen. Bern: Haupt Verlag.

Uchtenhagen A & Zimmer Hofler D (1985b) Psychosocial Development Following Therapeutical and Legal Interventions in Opiate Dependence. A Swiss National Study. Eur J Psychol Educa, Vol. ll, 4: 443-458.

Uchtenhagen A & Dobler-Mikola A (1994) Methadone maintenance treatments in Canton Zurich. Zurich: Unpublished manuscript.

Uchtenhagen A, Gutzwiller F & Dobler-Mikola A (1994) Versuche fur eine firztliche Verschreibung von Betfiubungsmitteln: Studienprotokoll der Begleitevaluation (1. Aufl.). Unveroffentlichte Dokumentation. Zurich.

Vaillant GEA (1966a) A tweive-year follow-up of New York narcotic addicts: I. The relation of treatment to outcome. Amer J Psychiat 122: 727-737.

Vaillant GEA (1966b) A twelve-year follow-up of New York narcotic addicts: III. Some social and psychiatric characteristics. Arch Gen Psychiat 15: 599609.

Werkstattbericht des Sozialpsychiatrischen Dienstes (Mfirz 1992) Forschungsverbund therapeutischer Einrichtungen: Klienten und Klientinnen therapeutischer Gemeinschaften im Brennpunkt von Praxis und Forschung. Forschungsinformation aus dem Sozialpsychiatrischen Dienst Serie V. (5).

Zahn MA & Ball JC (1972) Factors related to cure of opiate addiction among Puerto Rican addicts. Int J Addict 7: 237-245.

Zimmer Hofler D, Uchtenhagen A, Christen St (1983) The family situation of addicts and nonaddicts. Proceedings of the 7th World Conference on Therapeutic Communities in Chicago. May 8-13.

Zimmer Hofler D, Christen St, Uchtenhagen A, Meyer-Fehr P (1985) "Normal" oder Opiatabhfingig im Zweijahres-Verlauf. In: A Uchtenhagen, D Zimmer Hofler (Hg) Heroinabhfingige und ihre "normalen" Altersgenossen. Bern: Haupt Verlag: 168-284.

Notas

Nota 1

Vaillant, 1966a; Vaillant, 1966b; Zahn & Ball, 1972; De Leon & Rosenthal, 1979; Marlatt, 1979; Ball & Ross, 1991; Rosenbaum, 1991; Sickinger, Kindermann W, Kindermann S, Lind-Kramer & Timper-Nittel, 1992; Werkstattbericht des Sozialpsychiatrischen Dienstes, Marz 1992; Caplehorn, McNeil & Kleinbaum, 1993; Reno & Aiken, 1993; Spunt, 1993

Nota 2

Uchtenhagen, Gutzwiller & Dobler-Mikoia, 1994

Nota 3

Uchtenhagen, Gutzwiller & Dobler-Mikoia, 1994

Nota 4

Vaillant, 1966a; Vaillant, 1966b; Zahn et al., 1972; De Leon et al., 1979; Marlatt, 1979; Ball et al., 1991; Rosenbaum, 1991; Sickinger et al., 1992; Werkstatt Bericht des Sozialpsychiatrischen Dienstes, Mfirz 1992; Caplehorn etr al., 1993; Reno et al., 1993; Spunt, 1993

Nota 5

Uchtenhagen et al., 1994

Nota 6

Zimmer Hofler, Uchtenhagen & Christen, 1983; Uchtenhagen & Zimmer Hofler, 1985a; Uchtenhagen & Zimmer Hofler, 1985b; Zimmer Hofler, Christen, Uchtenhagen & Meyer-Fehr, 1985; Des Jarlais, 1989; Hornung, Fuchs, Alvo, Pfister, Bossy & Grob, 1991; Dobler-Mikola & Zimmer Hofler,1993

Nota 7

Hunt, Lipton & Spunt, 1984;.Uchtenhagen, 1988

Nota 8

Reno & Aiken, 1993

Nota 9

Spunt, 1993

 


Tradução do texto disponível no Drugtext website, © mario lap, fdphr.

Publicado com o consentimento da DrugText.


[LOG] MAP [Página Principal][Paises][Indice de secção]
[Indice de artigos]
[Email]

[MAP] [Principal] [Países] [Indice de Secção] [Email]
[Indice de Artigos]

97/12/27

 

1