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Polónia


 

A situação actual

Em 1898 foram registados pela policia, 15.382 consumidores de drogas. Em 1991 foram assistidos em centros de tratamento em ambulatório cerca de 6.000 consumidores, aos que acrescem mais 3.000 que foram assistidos nos Hospitais e nos centros de reabilitação (Comissão Sobre as Toxicodependências da Sociedade Pediátrica Polaca). Desde os anos 70 a forma predominante de consumo de drogas ilícitas é o uso de uma "compota" de produção caseira, que é um derivado injectável do ópio. O numero de consumidores de drogas por via intravenosa tem sido estimado, por fontes não oficiais, num numero muito elevado, cerca de 300.000. Já que a produção do preparado é um processo demorado e complicado, muitos consumidores começaram a comprar a droga já preparada aos traficantes e produtores, que à semelhança dos países ocidentais ditam os preços. Não foi conhecida qualquer informação numero de mortes ligada ao consumo de drogas

Foi em 1988 que pela primeira vez foi detectado o vírus HIV entre os consumidores de drogas. Entretanto estima-se que entre 75 a 85% dos consumidores são seropositivos. No global, em 1985 foram registados 12 indivíduos seropositivos, 111 em 1988, dos quais 12 eram toxicodependentes, 629 em 1989, dos quais 393 eram toxicodependentes, e 1.178 em 1990, dos quais 829 eram também toxicodependentes. Estes valores demonstram que na Polónia, os toxicodependentes são dos grupos de maior risco para o alastramento da SIDA/HIV.

Desde 1986 que a SIDA é uma doença notificavel. Os seropositivos têm de identificar os seus contactos sexuais. A exclusão de que são vitimas os portadores de SIDA/HIV é ainda um problema, o que reflecte o baixo nível de informação em que se encontra a população. Se por um lado, a Igreja Católica polaca condena a homossexualidade e o uso de preservativos, considerando a SIDA como uma punição de Deus aplicada os que levam uma vida de pecado, o que leva ao agravamento do problema, por outro lado também é conhecida por ter entre os clérigos alguns mais preocupados que oferecem ajuda aos seropositivos e às vitimas da SIDA.

A situação política e legal

O decreto sobre a prevenção das toxicodependências introduzido em 1985, tentou prevenir as toxicodependências pela redução da área destinada à cultivação da papoila do ópio dos antigos 15.000 para cerca de 4.000. A lei prevê o tratamento compulsivo para consumidores menores de 18 anos, e que violem repetidamente a lei, de outro modo o tratamento é voluntário, sendo providenciado em centros clínicos e de reabilitação.

A situação nas prisões

Não existe qualquer informação sobre de presos que se encontrem doentes com SIDA/HIV, nem sobre o numero de consumidores encarcerados, nem claro está do numero de consumidores de drogas que também são seropositivos. Mas existem duas prisões na Polónia que tem capacidade de prestar cuidados médicos adequados aos pacientes com SIDA/HIV.

Redução de riscos e medidas preventivas da SIDA

O primeiro programa de troca de seringas foi introduzido em Varsóvia em 1990 e depois estendido a 180 centros distribuídos por todo o território Polaco. Antes da introdução deste programa, as agulhas e seringas estavam disponíveis fundamentalmente em "intershops" vendidas em moeda estrangeira, pelo que eram demasiado caras para muitos dos consumidores de drogas por via intravenosa. Existiu uma época em que mesmo os hospitais tinham dificuldades em obter o numero suficiente de seringas novas.

Existem 67 clinicas para tratamento ambulatório de desintoxicação, das quais 17 são geridas pela Monar, uma organização não governamental. Não está disponível nenhum programa de manutenção em metadona, mas tem sido considerada a hipótese de prescrever metadona aos consumidores de opiáceos que estejam infectados com SIDA/HIV.

A informação sobre a SIDA já foi espalhada com recurso a folhetos (10 milhões), livros educativos e filmes para estudantes e para profissionais da saúde. Em Varsóvia existe também um serviço de informação telefónico cujo numero é publicitado nos autocarros e transportes. Existem planos para a execução de projectos de informação nas escolas e junto de grupos de alto risco.

Grupos de auto-ajuda

As organizações que participam na prevenção do alastramento da SIDA são a Cruz Vermelha Polaca, a Monar, o Grupo Associativo Lambda, que é um grupo de homossexuais, e Sociedade Plus que foi fundada em 1989. A Monar consiste numa rede de grupos de inter-ajuda para seropositivos e consumidores de drogas, que fornece ajuda médica e também acolhimento, e apazigua as necessidades diárias. A Monar também gere cerca de 17 clínicas de desintoxicação.

Associações como o "Circle for Relatives", a "Familiares de Toxicodependentes" e ex-consumidores são também são activos a diferentes níveis do aconselhamento e assistência a toxicodependentes de rua com HIV e SIDA.

0. Data Base: Poland Lambda Groups Association.

 


Tradução do texto disponível no Drugtext website, © mario lap, fdphr.

Publicado com o consentimento da DrugText.


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97/12/08

 

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