George Lucas queria fazer uma adaptação de Flash Gordon para
a tela grande. Como não teve sucesso em convencer a empresa responsável
pelos direitos do personagem para realizar a tal adaptação,
resolveu continuar o projeto de seu filme espacial com personagens e história
própria. Elaborou uma saga enorme, cheia de reviravoltas e dividida
em nove capítulos. Levou sua proposta para vários estúdios
de Hollywood, que lhe fecharam a porta. Apenas a Fox, mesmo sem entender
direito o roteiro, topou bancar a produção. Com um orçamento
de apenas dez milhões de doláres, metade das super-produções
da época, Lucas ainda teve que criar uma empresa especializada em
efeitos especiais (a famosa ILM) e contratou nomes praticamente desconhecidos
para interpretar seus heróis e vilões. Outro detalhe interessante
é que o subtítulo Epsódio IV - Uma Nova Esperança
foi apenas colocado em cópias posteriores do filme original, já
que Lucas não sabia se rodaria o restante da trilogia. Episódio
IV retrata a aparição de Luke Skywalker, jovem fazendeiro
do desértico planeta Tatooine, que está destinado a ser o
salvador do universo. Também vemos a princesa Leia, Han Solo, Obi-Wan
Kenobi, os robôs R2D2 e C3PO e o maligno Darth Vader.
Os efeitos especiais, a maioria revolucionárias para a época,
encantaram um público que ainda não estava acostumado com
um verdadeiro show de recursos técnicos. O responsável por
isto era John Dystrika, que já tinha trabalhado em 2001 - Uma
Odisséia no Espaço (2001 - A Space Odissey, EUA,
1968), considerado o maior clássico sci-fi. Dystrika revolucionou
as batalhas espaciais ao filmar os veículos estáticos. Na
verdade as câmeras controladas por computador realizavam verdadeiras
evoluções em torno das maquetes. Um efeito mais simples pórem
bastante eficiente foi a utilização de tinta fosforecente
para dar brilho aos sabres de luz. Recentemente foi lançada uma
edição especial que deu uma atualizada nos efeitos especiais
ou adicionou sequências em CGI ao filme. Destaque para a cena em
que Han Solo conversa com Jabba.
O
Império Contra-Ataca (The Empire Strikes Back, EUA, 1980)
Direção:
Irvin Kershner
Estrelando:
Mark Hammil, Carrie Fisher, Harrison Ford, Frank Oz, Alec Guiness e Billy
De Willians.
Dizem que George Lucas tem (ou tinha) uma certa preguiça para dirigir atores, portanto contratou o diretor Irvin Kershner para dirigir o quinto episódio (na cronologia) de sua saga espacial, mas que seguia rigorosamente as ordens de Lucas. Mas antes eles tiveram um "pequeno" problema: o ator Mark Hammil se acidentara em um automóvel e para justificar as cicatrizes no rosto Lucas teve que reescrever o ínicio (incluiu a cena do Ice Wanpa, uma espécie de Big Foot do planeta Hoth). Considerado por muitos fãs como o melhor filme da trilogia, O Império Contra-Ataca realmente é a peça chave que liga o IV e VI episódio de forma brilhante. O Império não tinha gostado nada do pequeno incidente em uma de suas instalações (leia-se a destruição da Estrela da Morte). Promovendo uma verdadeira caça as bruxas, Darth Vader e cia. conseguem colocar a Aliança Rebelde contra a parede. Além do aspecto mais sombrio (tanto que não há o final alegórico característico da série), é neste filme que as reviravoltas correm soltas: Vader revela a Luke que é o seu pai e que seu destino é sucedê-lo. Lando Calrissian resolve bancar o amigo da onça e entrega Solo para o mercenário Boba Fett. Logo no ínicio do filme, um show de efeitos visuais e ação com a batalha do planeta Hoth. Gigantescos andarilhos AT-AT, muitíssimo bem animados com a técnica stop-motion, atacam a base rebelde local que revida com a utilização dos snowspeeders. Na edição especial, não foram efetuadas muita alterações, apenas uma incrementada geral.
O
Retorno do Jedi (Return of Jedi, EUA, 1983)
Direção:
Richard Marquand
Estrelando:
Mark Hammil, Carrie Fisher, Harrison Ford e James Earl Jones.
Depois da revelação de que Darth Vader era o pai de Luke Skywalker,os "jedis" de todo o mundo esperaram três anos para ver o sexto episódio da saga. "Será que Luke vai se ser convertido para o Lado Negro?", Essa era uma das perguntas mais comentadas pelos fãs. Para quem esperava ver uma história com um clima sombrio similar ao Império... teve que se contentar com uma história muita mais voltada para a aventura e com um roteiro bem menos consistente em comparação ao filme anterior. Em compensação os efeitos especiais estavam melhores do que nunca, com destaque para a fantástica batalha espacial na parte final do filme. Se em ação O Retorno de Jedi não ficou devendo, o mesmo não se pode dizer dos furos de direção do diretor Richard Marquand e do excesso de mercantilismo que tomou conta neste longa-metragem: Harrison Ford, que estava em alta depois de sua atuação no excelente Blade Runner (EUA, 1981), fez algumas exigências para voltar ao papel de Han Solo (uma foto maior que a de todos nos cartazes era uma delas). Lucas também pareceu ficar contaminado com o espírito capitalista e incluiu as dispensáveis figuras dos Ewoks, meros "ursinhos de pelúcia" na opinião dos fãs. Também as bruxas resolveram correr soltas: quem quase ia ver o Episódio VI das poltronas de algum cinema foi a atriz Carrie Fisher, que tinha problemas com drogas. Mesmo abaixo dos filmes anteriores, o filme fez uma enorme bilheteria, superando facilmente o Império Contra-Ataca, apesar deste ser nitidamente melhor.
Além da ação com sabres de luz e batalhas espaciais
a vontade, uma coisa que marca toda a trilogia são as magistrais
composições de John Willians. Qualquer um que ouvir a música
tema de abertura ou a marcha imperial vai sacar logo que está ouvindo
algo referente a Guerra nas Estrelas. Lucas estava procurando um compositor
que desse vida as suas idéias sonoras para a sua space opera.
Steven Spierlbeg, grande amigo de Lucas, recomendou maestro Willians com
quem já tinha trabalhado em Tubarão.