Rostos de Mortos pelo Chão da Casa
Aldeia de Bélmez, Sul da Espanha. Ano: 1971. A senhora já idosa estava em casa com seu neto, quando algo no chão da cozinha despertou a atenção da criança. A mulher foi olhar o que tanto o interessava e correu a pedir ajuda. Estava, no piso de tijolos, uma face humana, extremamente angustiada e triste. Aparentava ter sido impressa profundamente na pedra, numa coloração semelhante à que os fungos dão aos tijolos e cimento com o passar dos anos, mas não havia qualquer sinal de pigmento conhecido.
Imediatamente assim que viram a estranha aparição, receosos, os proprietários da casa tentaram raspar a imagem. Aterrorizados, viram a expressão de angústia da figura se acentuar, enquanto os olhos dilatavam-se. Amedrontado e confuso, o dono da casa removeu os tijolos e substituiu todo o piso por cimento, na esperança de que as imagens não mais aparecessem. Entretanto, em poucas semanas surgiu um segundo rosto, ainda mais definido e visível no cimento novo. A seguir, uma terceira e uma quarta aparições, e então uma série de rostos infestaram a cozinha.
Em outro cômodo da casa, 4 outros rostos apareceram, entre eles o de uma mulher.
Aquilo não poderia ser tão simples de resolver. Autoridades foram requisitadas a visitar o local e, vendo o estranho rosto, ordenaram a remoção da parte do piso onde os rostos haviam aparecido. Um inquérito oficial foi instaurado. Escavações foram executadas no local, revelando as ruínas de um cemitério medieval.
Cientistas de toda a Espanha e do mundo inteiro foram ao local durante o tempo que durou o fenômeno. Explicações eram buscadas, em vão. Os cientistas mais céticos eram incapazes de provar que aquilo era uma farsa. Até que, para auxiliar as investigações, foram instalados microfones ultra-sensíveis pela casa. Para a surpresa e perplexidade de todos, foram captados gemidos sôfregos, vozes de homens e mulheres, inaudíveis para o ouvido humano. Os sons não correspondiam ao espanhol atual, pelo que comentou-se de que pareciam ecos de um passado remoto - possivelmente da era medieval, à qual pertencia o cemitério ali soterrado.
Finalmente, o fonômeno desapareceu, tão rapida e misteriosamente como surgiu.
Apesar de todos os esforços e pesquisas científicas até agora realizadas, ninguém foi capaz de encontrar qualquer explicação natural e lógica para o ocorrido. Parapsicólogos afirmam que tratou-se de um fenômeno paranormal, provável consequência de práticas e rituais de ocultismo ali executados no passado. O que seriam as imagens? Rostos de fantasmas, numa tentativa de comunicação de seres que já não mais pertencem a este mundo? Imagens do passado congeladas no tempo, trazidas ao nosso tempo por algum motivo ainda não explicado? Ecos de um passado trágico, cenário de rituais macabros de consequências sinistras? Impossível saber. Sabe-se apenas que este é mais um dos muitos mistérios que despertam e perturbam a imaginação dos homens.
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