RUMIKO TAKAHASHI
A desenhista de mangá mais amada do Japão!

Descoberta em 1978 em um concurso anual de novos talentos realizado pela Shogakukan, Rumiko Takahashi com sua (ainda) humilde seriezinha Ürusei Yatsura", nem imaginava o quanto iria ser conhecida (e por que não, amada) no mundo inteiro. Autora de séries de tiragens estrondosas como "Ranma 1/2", "Maison Ikkoku", a saga "Mermaid" ("Mermaid's Forest", "Mermaid's Forest", "Mermaid's Scar"e "Mermaid's Promise") e sua recém nascida série INUYASHA, Takahashi encontra-se na lista dos 3 autores de mangá do Japão há, pelo menos, uns 15 anos... e não parece que ira sair de lá tão cedo...
Paralelamente com a faculdade, Takahashi frequentou uma famosa escola para desenhistas, a "Gekiga Sonjuku", onde teve a assessoria de ninguém menos que Kasuo Koike, autor das séries "Lobo Solitário"e "Crying Freeman". A partir de frases ditas por Koike como "Quadrinhos são uma questão de personagens... se os personagens forem bem criados, o mangá via um hit", Rumiko se preocupou com cada personagem do elenco de "Urusei Yatsura"(e que elenco, diga-se de passagem), o bastante para vender milhões de exemplares.

Nascida em Niigata, 1957 (pois é, 40 aninhos...). Estudou na faculdade para mulheres "Nihon Josedai"e, durante este tempo, morou em um pequeno apartamento para estudantes de onde futuramente basearia-se para criar "Maison Ikkoku" (algo como, algumas vizinhas que desperdiçavam horas conversando de um quarto para o outro por "WalkTalks" a poucos metros de distância). Enquanto "Urusei Yatsura" explodia, Rumiko Takahashi ocupava-se com histórias e séries curtas, como uma que preticamente não teve repercussão, chamada "Dust Spot" (algo como "marca na areia, um nome originalmente em inglês, não muito comum dela), onde era contada a história da organização HCIA, com Yura, uma agente feminina extremamente forte e seu parceiro Tamuro, com habilidades de teletransporte (apesar de que, inevitavelmente, acabava teletransportando-se sempre para depósitos de lixo, ou coisas deste tipo...). Isso ocorreu em 1979, na Shonen Sunday, num intervalo que Takahashi deu a si mesma com "Urusei Yatsura".

Rumiko tem um imenso poder em criar séries extremamente variadas (bem diferentes do autor de Saint Seya, Massami Kurumada... você já percebeu que todos os personagens principais que ele cria tem a cara do Seya?...) Em sua primeira série, "Urusei Yatsura", ela fala sobre coisas absurdas como um grupo de alienígenas que vem para a Terra e põe o futuro de nosso planeta nas mãos de um estudante japonês que foi sorteado por um super computador. Em "Maison Ikkoku", Takahashi tratou de um assunto mais real, problemas pessoais de um jovem estudante que tenta conquistar a dona da pensão onde está hospedado, vizinhos malucos que fazem festa 24 horas por dia... coisas cômicas, mas reais. A saga Mermaid, por sua vez, foi marcada por ser um trabalho levado para o lado do terror, baseada na teoria de que ao se comer a carne de sereia, corra-se o risco de morrer ou tornar-se imortal. Para voltar ao normal, a pessoa teria que se alimentar mais uma vez desta carne.
Em "Ranma 1/2", ela trabalha as artes marciais, triângulos amorosos com bem mais de 3 lados, alguns absurdos (como os dos personagens que quando molham-se, viram outras coisas), sentimentos reprimidos e um humor muito característico da autora.
Agora, em "Inuyasha", Takahashi leva uma típica estudante japonesa para o Japão feudal, fazendo parceria com um metade garoto-metade cachorro! A série começou a pouco tempo no Japão (já deve somar uns 7 ou 8 volumes) e com os primeiros números já saindo pela Viz Communications ( a editora que publica todas as séries de Takahashi nos EUA) para deleite dos americanos (que sào felizes e não sabem).

OS TROCADILHOS
Takahashi tem uma marca registrada em seus trabalhos: a presença dos trocadilhos em nomes de personagens e séries. Só para ter uma idéia, seguem alguns trocadilhos de Takahashi:
URUSEI YATSURA: Já no nome da série temos um trocadilho que, para nós ocidentais, não tem o impacto como para os orientais. Os planetas, no Japão, são designados pela terminação "SEI", como em "KASEI", (KA=fogo e SEI=planeta), que significa Marte. "URUSEI", então, significaria o nome do planeta de onde vieram Lum e sua turma.

Mas "urusei" sofre um trocadilho com a palavra "urusai", que significa "chato, impertinente". "Yatsura", por si só significa "grupo de pessoas impertinentes", ou coisa parecida. O nome, então, da série, pode ser lida literalmente como "visitantes impertinentes do planeta URU"ou "os chatos impertinentes..."

MAISON IKKOKU: Nesta série, Takahashi marcou os personagens de uma maneira bem engraçada. Todos os apartamentos da mansão são numerados como 1, 2, 3... E cada morador tem uma ligação com o número de seu apartamento. O personagem principal, Yusaku Godai é o apartamento 5 (o kanji correspondente ao "GO" de seu sobrenome significa 5), Akemi Roppongi no n°6 (o kanji de "ROP"é 6), Yotsuya no 4 (YO=4), a senhora Ichinoise no 1 (ICHI=1) e por aí vai.

A QUALIDADE
O crescimento da qualidade de seu trabalho é evidente, se você olhar as páginas da série "Urusei Yatsura"e "Inuyasha". A qualidade do roteiro, Storie Telling (arte seqëncial), cenários, construção de personagens, teve um crescimento assustador, podendo ser comparado a qualidade que Kosuke Fujishima teve em suas primeiras páginas da série "Aa! Megami Sama".

Pegando-se a primeira página do primeiro encadernado de "Aa! Megami Sama" e a última, você jura que não foi a mesma pessoa quem desenhou. No caso dos dois, esse crescimento pode-se dever aos assistentes, que fazem sua contribuição para a melhor qualidade. Takahashi falou em uma entrevista que só trabalhava com assistentes mulheres. Segundo ela "eu prefiro trabalhar com assistentes mulheres... deste modo você não tem que se preocupar com certas coisas...".
Para quem conhece, acabou de conhecer um pouco mais (ou não), e para quem não conhece, está mais do que recomentado.

Alexandra Kagome Teixeira escreveu e está apaixonada pelo Inuyasha!

 

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