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A história
por trás do DeLorean
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O co-produtor
Bob Gale e o diretor Robert Zemeckis pensaram muito como seria a
máquina do tempo. "Nos primeiros esboços do roteiro, nós
fizemos uma máquina do tempo que não era móvel, apenas
uma grande quantidade de equipamento num laboratório que ocupava
uma sala inteira", disse Gale. Mais tarde, pensaram na possibilidade da
máquina ser uma geladeira, mas essa idéia também foi
descartada.
"As portas asa-de-gaivota do DeLorean foram uma idéia muito boa.
Ele parecia um espaçonave. Há uma cena onde o DeLorean entra
num celeiro e um fazendeiro dos anos 50 pensa que é uma espaçonave",
disse Gale.
"Era importante
criar a ilusão de que o carro se movia rápido e era perigoso",
mas tinha que haver algo de excêntrico nele", disse Zemeckis. O artista
Ron Cobb, cujos trabalhos incluem "Alien - O oitavo passageiro", fez o
primeiro desenho da máquina do tempo, incorporando um reator nuclear
portátil na parte traseira.
A máquina,
claro, precisa de uma grande quantidade de energia e um "capacitor de fluxo
temporal", para receber a energia do reator(em De Volta Para o Futuro II
o reator é trocado pelo Mr. Fusion) e impulsionar o carro através
do tempo. Havia também mostradores digitais no cockpit, além
de fios, espirais e tubos por toda parte. Andy Probert, mais tarde, refinou
o design da máquina. Probert rearranjou alguns elementos na parte
traseira do carro, incluindo os exaustores, que servem para ventilar o
reator. Inicialmente, havia um exaustor(cano de escapamento), mas Zemeckis,
Gale e o designer acharam que quatro exaustores davam um visual mais dramático,
além de fazer o reator parecer mais poderoso.
Gale e o
produtor Neil Canton mandaram sua equipe procurar nos anúncios classificados
por três DeLoreans em boas condições. Comprados por
um total de mais ou menos US$ 50.000, os três carros foram transformados
pelo especialista em efeitos especiais Kevin Pike(que também ajudou
nos efeitos especiais dos filmes de Spielberg, incluindo "Os Caçadores
da Arca Perdida"), da Kevin Pike's Filmtric Inc., em Hollywood.
Nesse
momento, os produtores resolveram, para manter os custos baixos(o preço
final da compra e transformação dos carros era de US$ 150.000)
e para garantir o visual "feito-em-casa" da máquina, não
mandar fazer peças especialmente para o DeLorean.
O designer de produção Larry Paull, que trabalhou em
Blade Runner e o coordenador de modificação do DeLorean Michael
Scheffe, vasculharam depósitos de sobras de materiais militares
e de indústrias em geral, procurando por tubos, medidores, espirais
e quaisquer estruturas que refletissem o que estava nos desenhos de produção.
Dois carros
funcionavam, o terceiro era mantido parado para tomadas em close, inserções
e para fornecer peças caso os outros dois tivessem problemas.
O primeiro passo da equipe de efeitos especiais foi remover a janela
traseira do carro para construir o reator nuclear sobre a pesada cobertura
de plástico que foi colocada sobre o motor de cada carro.
Duas estruturas tinham que ser construidas: o sistema do reator e central
de energia imaginários e os sistemas reais dos efeitos especiais.
Três mostradores digitais foram construidos, juntamente com válvulas,
medidores, botões e mecanismos, incluindo os "circuitos do tempo",
acionados por uma chave localizada ao lado do assento do motorista. Apesar
do velocímetro original ser mantido, foi adicionado um digital para
enfatizar um ponto importante da história: o DeLorean tem que atingir
88milhas/h (+ou- 130km/h) para que o capacitor se ative e haja a remoção
temporal. Como foram adicionados, por trás do reator nuclear, os
exaustores ao carro, a equipe de Pike redirecionou o sistema de escapamento
original do carro para ficar acima das rodas traseiras.
Dois extintores
com CO2 foram instalados no lado do passageiro e o gás era levado
até os exaustores, onde um mecanismo especial expelia o gás,
simulando a exaustão de um reator nuclear.
Lança-chamas
foram presos ao lado de cada roda, sendo acionados por um ignidor de alta-voltagem
controlado por alguém da equipe de efeitos especiais que ficava
escondido sob o banco do passageiro. Contudo o carro tinha que estar andando
a 40milhas/h (+ou- 60 km/h) para que os lança-chamas fossem ativados,
ou o perigo do fogo atingir o carro seria muito grande.
O motor do carro, perfeitamente
capaz de alcançar 88 milhas/h, não foi modificado.
(Traduzido e adaptado de "Popular Mechanics", edição
de agosto de 1985)
Um dos primeiros desenhos do DeLorean modificado
para o filme
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Para saber mais sobre os efeitos especiais
de Back To The Future, clique aqui.
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Para conhecer a história do DeLorean
e seu criador, John DeLorean, clique aqui.